Páscoa: entenda o significado da data para diferentes religiões e culturas


Feriado religioso no Brasil, ao longo dos anos, reuniu tradições judaicas, cristãs e pagãs. G1 ouviu líderes de religiões de matriz africana, evangélicos, maçons e espíritas; veja como cada um entende a Páscoa.

 

Ao longo da história, a Páscoa reuniu tradições judaicas, cristãs e pagãs. Orginalmente, trata-se de uma celebração cristã, que remete ao “plano de salvação” protagonizado pelo messias Jesus Cristo.

 

Mas, segundo historiadores, a Páscoa já era celebrada pelos povos germânicos e celtas pagãos do hemisfério norte e estava relacionada ao culto a deusa mitológica Ostara. Na festividade desses povos antigos, estavam inseridos ovos e o coelho, como símbolos de fertilidade.

 

Para os judeus, a Pessach, traduzida em português como Páscoa, significa passagem e retoma a libertação e redenção do povo. Confira abaixo como as diferentes crenças e culturas entendem a Páscoa.

As comunidades de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, não celebram a Páscoa. É que a fé e os costumes dessas religiões não se baseiam no cristianismo, mas em entidades como Orixás, Nkisis e Voduns, que regem tradições e rituais diferentes.

 

Evangélicos e protestantes
As comunidades evangélicas e protestantes reconhecem Jesus Cristo e a Bíblia como base para suas práticas. Para essas religiões, a Páscoa é “uma história de redenção”, onde o Cristo é morto como forma de perdão pelos pecados da humanidade, ressuscitando três dias após sua morte.

A maçonaria é uma escola de moral e ética, baseada em lendas e símbolos inclusos nessas lendas. É pautada por valores morais e filosóficos e se apoia na moral teísta, crendo em um ser supremo, onde é necessário que os membros professem uma fé.

 

Porém, por não ser uma religião a maçonaria não insere tradições fixas, como a Páscoa, em suas celebrações.

 

Para os católicos, assim como para os evangélicos e protestantes, a Páscoa é “um marco na história de redenção da humanidade, centralizado no sacrifício de cruz de Jesus Cristo”. O ritual se inicia muito antes da sexta-feira Santa.

 

Ele começa depois do carnaval, durante a Quaresma, passando pelo Domingo de Ramos e a Semana Santa.

 

A doutrina Espírita se baseia na codificação de Allan Kardec e tem como fundamentos os pilares da evolução do espírito pela reencarnação e imortalidade da alma; a existência de vida em outros mundos; e a mediunidade como forma de comunicação entre os vivos e os mortos.

 

Para os seguidores da doutrina, Jesus Cristo é um espírito evoluído. Mas mesmo acatando os preceitos do evangelho cristão, eles não comemoram a Páscoa.

 

Os espíritas entendem a Páscoa como um exemplo a ser seguido, e não como um ritual temporal.

 

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