Castro abre processo contra policiais ligados ao jogo do bicho: ‘Seremos implacáveis’


Ministério Público do Rio de Janeiro faz operação para prender 20 agentes acusados de envolvimento com bicheiro 

 

 

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, comentou nesta quarta-feira (20) a operação realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para prender 19 policiais militares e um policial penal acusados de envolvimento com o jogo do bicho.

 

O governador disse que ficou “triste e revoltado” com policiais que não estejam do lado da segurança pública e afirmou que será “implacável” com os intransigentes.

 

“A gente está cada dia mais fortalecendo a Corregedoria, inclusive agora com a recriação da Corregedoria-Geral Unificada no âmbito da Secretaria de Segurança Pública.

 

E a gente fica triste e revoltado com policiais que deveriam estar do lado da segurança pública estejam de outro lado que não seja o [do] estado. E todo rigor da lei [com] aqueles que se transviarem com qualquer natureza.

 

Óbvio, com o devido processo legal. Mas seremos implacáveis com todos aqueles que não estiverem do lado da segurança pública”, disse Castro.

 

 

Questionado pela reportagem, se determinou a abertura de processo disciplinar para apurar a conduta dos policiais, Castro disse que sim.

 

“A Corregedoria participou da ação. Eu já falei com o secretário [de Segurança Pública] hoje desde cedo. A Corregedoria está em cima para fazer toda a investigação necessária”, completou o governador fluminense.

 

 

Operação do Ministério Público do Rio de Janeiro
De acordo com as investigações, os policiais são acusados de fazer a segurança armada do bicheiro Rogério Costa Andrade, patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

 

Além dos 20 mandados de prisão pelo crime de organização criminosa, a Justiça também expediu mais de 50 mandados de busca e apreensão nas casas dos alvos e em outros endereços.

 

 

Segundo a polícia, a ação contra os seguranças de Rogério Costa Andrade é comandada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ e com apoio da Corregedoria Interna da Polícia Militar. Na lista, há 18 PMs da ativa, um inativo e um policial penal.

 

 

A ação foi batizada de Operação Pretorianos, recebeu esse nome do Ministério Público numa alusão à Guarda Pretoriana, uma unidade de defesa pessoal dos imperadores romanos na antiguidade.

 

A promotoria denunciou 33 pessoas. Além dos 20 alvos com mandados de prisão, há policiais militares que já foram excluídos da corporação. Há 206 agentes em 70 viaturas da CSI e das corregedorias da PM e da Seap em busca dos alvos

 

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