Campos: Cláudio Castro pode deixar sua marca no município com a RJ-244; novo impulso de desenvolvimento


O plano de concessões de rodovias à iniciativa privada é uma das apostas do governo Cláudio Castro para fazer caixa e alcançar o desejado equilíbrio em suas contas, além de melhorar o bem-estar e a qualidade de vida da população, sobretudo no interior do Estado, com mais postos de trabalho. E Campos terá brevemente a RJ-244, que fará a conexão do Porto do Açu com a BR-101, e está na lista das vias que serão construídas e entregues à administração de uma concessionária, de acordo com informações do Governo do Estado ao Campos 24 Horas.

 

O projeto de concessão, que deverá gerar centenas de empregos e novo impulso ao desenvolvimento da Baixada Campista e interior de São João da Barra, já contou com audiência públicas nos dois municípios.

 

 

 

A RJ 244 irá abranger 81% do território de Campos e 19% de São João da Barra, num total de 45 quilômetros, com início em Ponta da Lama, cortando a Baixada Campista, na região de Tocos, avançando com interseções de passagem com as rodovia RJ-208 (Campos Farol) e outras estradas estaduais, até a localidade de Água Preta, em São João da Barra, próximo ao complexo portuário e industrial do Açu.

 

 

 

Neste primeiro lote, a RJ-244 está incluída no pacote de 240 km de estradas do Norte e Noroeste do estado serão concessionados, com previsão de investimento de R$ 1,2 bilhão e geração de 3.500 empregos diretos e 7.500 indiretos.

 

 

A obra trará benefícios ao transporte de cargas, reduzindo o tempo de deslocamento de caminhões e carretas ao Açu, conectando rodovias e irá também desafogar o tráfego na BR-356, utilizada basicamente por campistas e sanjoanenses no tráfego entre as duas cidades, especialmente no período de verão quando o movimento se multiplica.

 

 

 

Segundo a descrição do projeto, ao longo do traçado da RJ-244 serão construídos oito viadutos, oito passagens e uma rotatória, além de praças de pedágio. 

 

 

No relatório técnico do sumário de apresentação constam estudos de fluxo financeiro, avaliação financeira do parceiro privado. Em cenário base de custo médio de tarifa a R$ 18,00 num prazo de 25 anos, a estimativa de receita total é de mais de R$ 3.2 bilhões. 

 

 

O documento destaca ainda que, “quanto aos aspectos socioeconômicos, a implantação da rodovia deverá produzir importantes benefícios decorrentes da redução de acidentes, economia de tempo e redução dos custos logísticos para os veículos comerciais e de passeio que atualmente acessam o Porto atravessando necessariamente o perímetro urbano de Campos”.

 

 

 

A apresentação do projeto ressalta também que a nova rodovia deverá atrair a viabilidade de importantes empreendimentos no polo do Porto do Açu.

 

IMPULSO – “Os benefícios projetados a partir dos estudos de demanda superam em larga medida os custos sociais de implantação e operação portuária, delineando assim o interesse do projeto para toda a sociedade. Na vertente empresarial, os mais importantes benefícios produzidos pela rodovia decorrerão da viabilização de importantes empreendimentos industriais no polo do Porto do Açu, que deverão impulsionar de forma substantiva a economia da região norte do Estado e de todo o Brasil”. 

 

 

 

OTIMISMO E PERSPECTIVAS – Outros aspectos importantes enfatizados no sumário e na apresentação traz otimismo com as perspectivas de desenvolvimento da região: “Esta região passa por importantes transformações que lhe conferem consistência às atividades vocacionadas, inclusive com o projeto de Heliponto do Farol de São Tomé, projetado para ser o maior heliporto do mundo e o projeto de Barra do Furado”. 

 

 

 

 

OPERACIONALIDADE – Destaca ainda que, “na vertente de transportes, a implantação da RJ-244 deverá produzir impactos importantes na transformação da matriz logística nacional, com a intensificação no uso da infraestrutura portuária disponível e o “desafogamento” de outros portos situados nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

 

 

 

Na vertente financeira, o projeto de concessão da Rodovia RJ-244 apresenta-se financeiramente viável. Projeta-se que a geração de caixa prevista com a cobrança de pedágio de veículos comerciais e automóveis de passeio deverá ser suficiente para cobrir os custos com operação, tributos, gestão do empreendimento, além de amortizar e remunerar o capital empregado em sua construção”. 

 

 

DEMANDA – Não obstante o resultado positivo das projeções realizadas, a concessão da Rodovia RJ-244 apresenta-se um projeto desafiador por duas razões principais. Primeiro, pois sua demanda deriva diretamente do porte e da diversidade das atividades portuárias e daquelas conexas ao Distrito Industrial. O cronograma e a intensidade das novas atividades previstas para o Porto e o Distrito Industrial influenciarão de forma direta a demanda da rodovia, que poderá ser maior ou menor do que a demanda projetada.

 

 

 

GERAÇÃO DE EMPREGOS – Além das obras civis durante o processo de construção da RJ-244, as perspectivas de geração de emprego abrangem diferentes atividades e ocupações durante o seu funcionamento, como a administração da concessionária, o centro de controle operacional, as praças de pedágio, o trabalho de manutenção e conservação da rodovia, a prestação de serviços de atendimento médico, socorro mecânico, reboque e monitoramento, dentre outros tratados nos demais cadernos do projeto.

 

 

COMÉRCIO AO LONGO DA VIA – Ao longo da rodovia deverão se instalar um conjunto de atividades previstas como postos de combustíveis, restaurantes, bares, borracharias e quiosques, entre outros estabelecimentos que irão gerar também postos de trabalho.

 

TRÁFEGO – Há uma demanda estimada entre 300 e 400 veículos pesados/dia no transporte de diferentes cargas como contêineres, grãos, carvão, insumos de siderurgia, materiais de construção, cimento, logística marítima, bauxita e outros minerais.

 

 

VALORIZAÇÃO – Os efeitos benéficos de um projeto de transporte transbordam para outras áreas, sendo percebidos indiretamente. A valorização dos imóveis situados na área de influência da rodovia, a elevação da atratividade de empreendimentos residenciais e comerciais na área, a maior oferta de emprego, a maior produtividade da economia, a melhoria no acesso aos equipamentos urbanos, são alguns dos exemplos.

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