Comerciantes trabalham sem luz após corte de energia por falta de pagamento no camelódromo de Campos, no RJ


Permissionários reclamam que a falta de energia está prejudicando o trabalho no local desde esta quarta-feira (29).

Os comerciantes que trabalham no Shopping Popular Michel Haddad, conhecido como Camelódromo de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, tiveram uma surpresa desagradável ao chegar para trabalhar nesta quinta-feira (30).

 

O local está às escuras desde esta quarta (29) porque a concessionária de energia cortou o fornecimento por falta de pagamento por parte da Prefeitura.

 

Cerca de 3 mil pessoas trabalham no local e algumas delas se mostraram revoltadas com a situação, já que estavam há meses sem poder trabalhar devido às medidas de prevenção contra a Covid-19.

 

Agora, a falta de energia prejudica quem precisa trabalhar com máquinas e também afasta os clientes.

 

De acordo com a Enel, a empresa realizou cortes em prédios públicos não essenciais da Prefeitura em função dos débitos do município. Entre os locais impactados está o camelódromo. A concessionária disse ainda que que tenta negociar o débito com a Prefeitura, mas as negociações não tiveram avanço e, por isso, tomou a decisão de interromper o fornecimento de energia.

 

Questionada sobre o débito, a Prefeitura informou, por meio da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), que a conta já foi paga e a qualquer momento a energia será restabelecida.

 

A Prefeitura disse ainda que Campos recebeu neste mês o terceiro menor repasse de royalties dos últimos 16 anos. E disse que, entre royalties e participação especial, a cidade já acumula perdas de mais de R$ 150 milhões só em 2020.

 

O G1 entrou em contato com a Enel novamente para saber se a empresa já foi notificada do pagamento.

 

A empresa informou, na manhã desta quinta, que “a administração do município de Campos dos Goytacazes realizou o pagamento apenas dos débitos referentes aos prédios da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos – CODEMCA e do Shopping Popular. A companhia esclarece que os mesmos já estão em processo de religação. Outros prédios da prefeitura seguem com o fornecimento de energia interrompido tendo em vista o não pagamento da dívida”.

 

Os prédios que continuam com débitos e fornecimento interrompido são:

Secretaria de Trabalho e Renda;
Secretaria de Limpeza Pública;
Arquivo Público Municipal;
Loja Oito – Conjunto Habitacional da Chatuba;
Peixaria do Farol;
Praça de Esportes e Cultura – Parque Eldorado
O G1 perguntou à Prefeitura sobre o pagamento das contas dos outros prédios.

 

Em nota, o município informou que “já solicitou a Enel, há mais de um ano, a emissão de conta com código de barra individual para pagamento de fatura. Este pedido havia sido negado pela concessionária – que agrupa conta de vários imóveis numa única fatura, fazendo com que o valor da conta fique muito elevado. O município ainda aguarda que este desmembramento total seja feito e toma medidas para que o religamento da luz em prédios em funcionamento, neste momento, seja feito o quanto antes”.

 

Em resposta à afirmação da Prefeitura, a Enel disse que “agrupa as faturas por secretarias e que, somente nesta gestão, atendeu à pedidos da administração municipal para a criação de mais de 10 agrupamentos. A companhia esclarece que segue norma do órgão regulador que permite consolidar os valores referentes às unidades consumidoras, sob uma mesma titularidade, em fatura que permita o pagamento do montante total de débitos por meio de uma única operação”.

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