Bombeiros buscam por desaparecidos após temporal que deixou ao menos 16 mortos no RJ
Bombeiros continuam neste domingo (3) a busca por desaparecidos após o temporal que deixou ao menos 16 mortos no Rio de Janeiro (veja quem são).
Segundo o governo estadual, seis pessoas ainda são procuradas em Angra dos Reis, que sofreu a pior chuva da história, e há mais um desaparecido em Paraty.
A Defesa Civil confirmou neste domingo a oitava morte no município. Outras sete pessoas – de uma mesma família – morreram em Paraty, também na Costa Verde.
Outro óbito foi regisrtado em Mesquita, na Baixada Fluminense, onde um homem foi eletrocutado durante a enchente.
O que causou?
As chuvas que atingiram o estado foram causadas por acúmulo de umidade na região litorânea.
O meteorologista do Climatempo, César Soares, afirmou ao g1 que uma frente fria trouxe instabilidade para o tempo da região já na última quinta-feira (31).
Autoridades
O governador Cláudio Castro criou um gabinete de crise para gerir a situação na Costa Verde. O grupo conta com a participação de várias secretarias.
Ele também anunciou a construção de moradias em um terreno no bairro Monsuaba, em Angra, um dos pontos mais impactados pelo temporal.
Neste domingo, o governo estadual informou que colocou à disposição da operação de resgate dos bombeiros 11 aeronaves, partindo do Rio para a Costa Verde.
São aeronaves do Governo do Estado, Polícia Militar, Força Aérea Brasileira, Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Corpo de Bombeiros.
Na capital, em mensagem publicada nas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a madrugada no Rio teve muitas ocorrências.
Paes também voltou a pedir que a população evite deslocamentos desnecessários.
Recorde de chuva em Angra
Angra dos Reis nunca havia registrado um volume de chuva tão alto em apenas 48 horas. No período, a prefeitura registrou índices recorde: foram 655 mm na área que fica no continente e 592 mm na Ilha Grande, que também faz parte de Angra.
O Corpo de Bombeiros informou ter resgatado ao menos cinco pessoas com vida, que foram levadas para o Hospital da Japuíba. Seis grupamentos da corporação e agentes da Defesa Civil trabalhavam nas buscas pelos desaparecidos pela manhã.
Outras cidades da Baixada também registraram alagamentos. A Prefeitura de Nova Iguaçu afirmou que a cidade registrou 141 mm de chuva no bairro Moquetá, o que equivale a 148% da média de chuva do mês de abril. O Hospital Estadual Ricardo Cruz, inaugurado há um ano, ficou inundado.
Veja mais vídeos da chuva no RJ
Pode chover mais?
A tendência para manhã do domin
go (3) ainda é de chuva persistente, moderada a forte, em todas as áreas do sul do Estado.
O risco de escorregamento de encostas segue bastante elevado devido aos volumes de chuva expressivos. No domingo (3), as condições são de alerta máximo para temporais na Costa Verde.