Ministério da Saúde recebe mais 2 milhões de doses da vacina Oxford/Astrazeneca e completa lote com 3,9 milhões de doses


Fabricadas na Coreia do Sul, as vacinas foram disponibilizadas pelo consórcio global Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir acesso igualitário aos imunizantes no mundo.

 

O Ministério da Saúde recebeu na tarde deste domingo (2) mais 2 milhões de doses da vacina Covishield, desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório Astrazeneca, contra a Covid-19.

 

A carga desembarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta de 16h30 e foi recepcionada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a representante da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) no Brasil, Socorro Gross.

 

Essas novas doses complementam o lote total de 3,9 milhões que começou a chegar no Brasil na tarde deste sábado (1) e desembarcaram em três voos diferentes em Guarulhos. O lote foi disponibilizado pelo Consórcio Covax Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem como objetivo garantir o acesso mais igualitário às vacinas no mundo.

 

 

As vacinas foram fabricados pela multinacional Catalent, na Coreia do Sul. Essa é a segunda remessa de vacinas que chega ao Brasil via o consórcio Covax. A primeira, de pouco mais de 1 milhão de doses da AstraZeneca/Oxford, foi distribuída a todos os estados e Distrito Federal no mês passado, após desembarque em 23 de março.

 

“As doses do Covax Facility que são muito importantes para o nosso programa de vacinação. Então, vamos trabalhar muito fortemente para imunizar a população brasileira, toda, até o final do ano de 2021 e assim voltarmos a nossa vida normal”, disse Queiroga após o desembarque dos imunizantes.

 

O ministro afirmou que as doses serão distribuídas imediatamente. “Quando as doses chegam elas são automaticamente distribuídas para estados e municípios conforme a orientação do programa nacional de imunização. Já começam a ser distribuídas no máximo 48 horas elas serão distribuídas para todos os estados do Brasil.”

 

 

Segundo o governo federal, o contrato do Ministério da Saúde com o consórcio prevê o envio de 42,5 milhões de doses até o fim de 2021. O Brasil é um dos quase 200 países que integram a iniciativa global, criada com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a produção de imunizantes contra a covid-19, permitindo o acesso justo e igualitário às vacinas através das parcerias com os laboratórios.

 

O desembarque dos produtos está acontecendo no aeroporto de Guarulhos, na Grande SP, por ser perto de onde fica a coordenação de armazenagem e distribuição logística de insumos estratégicos para a saúde (COADI), do Ministério da Saúde. Em seguida, os imunizantes serão distribuídos aos estados e municípios, conforme o Plano Nacional de Imunização (PNI).

 

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Galpão do Ministério da Saúde em Guarulhos, na Grande SP. — Foto:

Divulgação/SECOM
Galpão do Ministério da Saúde em Guarulhos, na Grande SP. — Foto: Divulgação/SECOM

Vacina Pfizer/BioNTech
Na noite da quinta-feira (29), o primeiro lote com 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech também chegou ao centro de distribuição do Ministério da Saúde. O contrato da farmacêutica com o governo federal é de 100 milhões de doses.

 

O caminhão estava acompanhado de uma forte escolta da Polícia Federal. As doses serão distribuídas entre as capitais do país entre essa sexta-feira (30) e sábado (1º). As 135.750 doses da Pfizer que ficarem na cidade de São Paulo serão utilizadas na vacinação do grupo de 60 a 62 anos, no dia 6 de maio.

 

O Brasil recebeu esse 1º lote do imunizante com 4 meses de ‘atraso’. O montante faz parte da proposta recusada pelo governo em meados de 2020, que previa início das entregas ainda em dezembro 2020, se o país tivesse aceitado a primeira proposta da farmacêutica em meados do ano passado..

 

 

Caminhão que fez o transporte da vacina da Pfizer de Campinas (SP) até o centro de distribuição do governo federal em Guarulhos (SP) — Foto:

Vanderlei Duarte/EPTV
Caminhão que fez o transporte da vacina da Pfizer de Campinas (SP) até o centro de distribuição do governo federal em Guarulhos (SP) — Foto:

 

Vanderlei Duarte/EPTV

Ainda no ano passado, a Pfizer disse ter desenvolvido uma embalagem especial com temperatura controlada que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada.

 

Ao chegarem às salas de vacinação, as doses serão mantidas a uma temperatura que varia entre 2°C e 8°C, e precisam ser aplicadas na população em um período de até cinco dias.

 

A carga chegou ao Brasil em uma aeronave que pousou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h22 desta quinta-feira (29). O desembarque e entrega do primeiro lote de um contrato para 100 milhões de doses feito pelo governo federal e foi acompanhado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

 

A cerimônia para entrega do imunizante que foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal ocorre no dia em que o Brasil atingiu 400 mil vidas perdidas para a Covid.

 

Histórico
A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

 

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

 

 

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano. No entanto é a terceira a ficar disponível no país.

 

A atual remessa faz parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em 19 de março. A previsão é que as 100 milhões de doses de vacinas sejam recebidas até o final do terceiro trimestre de 2021.

 

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 16 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas.

 

 

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