Cidades Safra de cana supera expectativa e chega a 30% maior que a do ano passado


Depois de amargar alguns anos de crise, o setor sucroenergético da Região Norte Fluminense respira aliviado no final da safra deste ano. Isto porque a moagem foi de 1,4 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, o que representa um aumento de 30% se comparado a safra anterior.

O balanço foi apresentado na tarde desta quarta-feira (14/11) pelo presidente Sindicato da Indústria Sucroenergética do Estado do Rio (Siserj) Frederico Paes que disse que juntas, as usinas Paraíso, Canabrava e Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) produziram 500 mil sacas de açúcar e 80 milhões de litros de etanol, entretanto, têm capacidade técnica para produzir o dobro, segundo Frederico, sem grandes esforços para as indústrias.

“Essa expectativa é por dois motivos: primeiro porque as previsões climáticas estão favoráveis e segundo é a questão do preço. Conseguimos pagar um pouco melhor ao produtor rural e, por isso, acreditamos que o produtor vai voltar a plantar mais o que é muito bom para região, não só por eles mesmos que geram emprego em suas propriedades, mas como disse que quanto mais cana, mais renda, mais impostos, mais geração de emprego teremos aqui na nossa região”, disse Frederico. 

O presidente do Siserj destacou ainda que esta foi a primeira safra considerada alcooleira da região, com 70% da cana colhida para a produção de etanol e 30% para o açúcar. “O mercado internacional de açúcar está muito ruim e isso reflete no mercado interno com preço baixo. Então o etanol melhorou de preço, principalmente com essa política da Petrobras que subiu um pouco o preço dos combustíveis, o que favoreceu mais o setor e conseguimos produzir mais etanol, o que em dois anos atrás era o contrário”, explicou.  

Quanto à melhora na produtividade de cana-de-açúcar, o presidente da Associação Fluminense dos Produtores de Cana (Asflucam), Tito Inojosa apontou o clima como o grande aliado. Segundo ele, em termo de preço a melhora não foi tão grande, se comparada 12 anos atrás, mas melhorou.

“Há dez, doze anos atrás nós chegamos a ter R$ 60 pela tonelada de cana. A média deste ano está R$ 70, mas se for jogar a infração deste ano, o preço tinha que ser muito maior. A grande ajuda foi o clima. Nossa briga é para volta a ter três, quatro milhões de toneladas de cana, temos área sobrando e capacidade”.  

Na safra deste ano as usinas Paraíso e Canabrava só produziram álcool. Já a Coagro produziu 70% álcool e 30% de açúcar. “Para a próxima safra deve manter esse cenário, pois a Canabrava só faz álcool e acredito que a Paraíso também vai fazer isso, pois o investimento é menor. Já a Coagro vai depender do preço, pois faz álcool e açúcar”, disse.

INCENTIVOS
Quando à safra do ano que vem, Frederico Paes informou ainda que  está preparando um pacote de incentivo para os cooperados, que passa pela colaboração com “cana semente” para estimular o produtor na lavoura e um programa de tentativa de financiamento.

A Coagro tem mais 10 mil cooperados cadastrados, sendo que 4 mil ativos, que são os que forneceram cana na última safra. “Isso não significa que os outros seis mil deixaram de plantar cana. Eles estão em outras indústrias ou outras atividades, mas não produtores rurais”, disse o presidente que avaliou como positiva a safra.

Fonte: Ururau

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