PRODUTORES DE LEITE COMEMORAM A CHEGADA DO PERÍODO CHUVOSO

No Norte Fluminense, pecuaristas beneficiários do Rio Rural afirmam que custos de produção caíram pela metade

O produtor Romeu Soares, da microbacia Rio da Prata, produz 450 litros de leite por dia. Há mais de uma semana, ele está com o equipamento de irrigação desligado. Isso significa uma economia de quase R$ 500 por mês, graças ao tempo chuvoso. “A água é a grande riqueza do produtor. Ficamos muito animados nessa época. Este ano está chovendo mais e o pasto está verdinho”, conta o pecuarista, que é beneficiário do Rio Rural, programa da Secretaria estadual de Agricultura.
Outro fator que ajuda a enxugar as despesas é a alimentação animal. Para manter uma dieta equilibrada, as vacas precisam de capim de boa qualidade (fonte de proteínas), além de um complemento em ração, geralmente composta por farelo de soja e de milho. O produtor Sérgio Pessanha, também da microbacia Rio da Prata, gasta quase R$ 2 mil por mês com ração. “Como está chovendo agora, o capim cresce mais e melhor, então o veterinário diminui a quantidade de ração”, comemora o produtor, que trabalha com dois filhos na produção de leite.

Maior estabilidade também na estação seca
Essa estabilidade só é possível pela adoção de tecnologias que fortalecem a produção leiteira no interior fluminense. De acordo com escritório da Emater-Rio em Campos dos Goytacazes, a queda na produção local durante o inverno chega a 27%. Mas no distrito de Dores de Macabu, onde 25% dos produtores receberam incentivo do Rio Rural para implantar o projeto de pastejo rotacionado, a retração foi de apenas 9%. Os investimentos do programa são usados para redefinir o traçado da pastagem, que passa a ser dividida em pequenos lotes, liberados gradativamente aos animais. Isso permite maior regularidade na oferta de capim, pois enquanto um trecho da pastagem se recupera, o outro já está formado.

Outro projeto bancado com recursos do Rio Rural está aumentado a oferta de água em Dores de Macabu. A proteção de área de recarga, uma das contrapartidas ambientais de quem recebe o pastejo rotacionado, permite o isolamento da vegetação nativa, que tem a função de potencializar a infiltração da água de chuva no lençol freático. “Já está dando resultados e estamos confiantes de que isso vai ajudar bastante toda a comunidade se mais pessoas fizerem”, destaca o produtor Pessanha.
Fonte:http://www.microbacias.rj.gov.br
Fonte:http://www.microbacias.rj.gov.br

1 de Novembro, 2016