Cremerj abre sindicância em caso de morte após cirurgia bariátrica no RJ
Família de Amanda Rodrigues, de Campos, aponta erro médico. Conselho de Medicina vai apurar; jovem morreu 11 dias depois da operação.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou nesta quinta-feira (2) que abriu sindicância para apurar a suposta falha médica apontada pela família de Amanda Rodrigues, que morreu após passar por uma cirurgia bariátrica em um hospital particular de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A morte da jovem de 19 anos aconteceu na madrugada de sábado (28 de janeiro), 11 dias depois da operação. Segundo o Cremerj, a sindicância é a fase de apuração e precede o processo ético profissional. Em caso de condenação, as punições vão desde advertência confidencial até a cassação do exercício da medicina. Segundo a família, desde que a jovem foi para o quarto depois da cirurgia, realizada no dia 17 de janeiro, ela reclamava de dores nas pernas. Os parentes dizem que alertaram os médicos, enfermeiros e o médico responsável pela operação sobre a necessidade da aplicação de uma dose do anticoagulante – usado para prevenir a formação de trombos sanguíneos. Ainda segundo os familiares, a mãe de Amanda disse ao médico que sofria com trombose e que a doença poderia ser hereditária. Por isso, segundo ela, poderiam ser necessárias outras doses do anticoagulante na jovem. O pedido, segundo a família, foi descartado pelo médico. A trombose é caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo em uma veia, geralmente das pernas.
3 de Fevereiro, 2017