Emoção e homenagens marcam o adeus a Bruno Rangel


   No final da tarde deste domingo (04/12), parentes, amigos e fãs do atacante campista Bruno Rangel, deram o último adeus ao jogador, no Cemitério Campo da Paz. Sob forte comoção, uma multidão acompanhou a chegada do caixão, que foi conduzido por um caminhão do exército. Com cânticos de “O campeão voltou” “Bruno eterno” e “Sou Chapecoense” familiares e admiradores, se despediram do atleta, que foi uma das vítimas do acidente aéreo envolvendo a equipe do Chapecoense.    
    O artilheiro e ídolo da Chapecoense com 81 gols marcados, deixou uma legião de fãs e muita saudade, mais ainda para aqueles que o conhecia desde criança. Como ressalta Francisco Mariano, morador do Parque Prazeres, bairro de Campos, onde Rangel deu seus primeiros passos no futebol. “Conhecia ele desde criança, assim como toda família. 
    Ele era uma pessoa excelente, sem palavras. Quando chegava essa época do ano, ele sempre vinha pra cá, pra fazer festa e jogar futebol. Sempre ajudava os mais sacrificados. Ele viria pra Campos, depois dos compromissos com a Chapecoense, mas Deus quis assim. Estou sentindo muita falta dele”, falou o Senhor Francisco, muito emocionado, que estampava uma camisa com o rosto do Bruno, com os dizeres: “Deus é fiel”. 
     Desde cedo, a comoção era grande na Cidade de Campos, quando teve um cortejo percorrendo as ruas, sempre acompanhado dos fãs e amigos do atacante, que usavam camisas da Chape e algumas até com a assinatura do próprio Bruno. No Parque Prazeres, Estádio do Goytacaz, onde o centroavante iniciou sua carreria, Godofredo Cruz, antigo campo do Americano, e no vélorio aberto ao público na Câmara dos Vereadores, todos buscavam uma maneira de homenagear o jogador. Seja no grito e nas palmas ou com uma palavra de consolo. 
    Dentre tantas homenagens de amigos e familiares, o Presidente do Americano, Luciano Viana, esteve presente no vélorio, que foi realizado na Câmara e relembrou um dos momentos que esteve com Bruno, na época que o atacante defendia as cores preta e branca do time de Campos, que foi quando Rangel acabou herdando sua camisa 9. “Hoje é um dia muito triste, até porque, no mundo do futebol isso ficará marcado, tanto para o brasileiro, mundial e principalmente o campista. Gostaríamos de estar comemorando o título da Copa Sul-Americana, pois o Bruno representa a Cidade de Campos e acabou que tivemos que viver essa trágedia. Como ex-jogador, em 2004, que foi o último contrato que fiz no Americano, eu tive ainda o prazer de viver com o Bruno, quando ele chegou ao Glorioso e acabou herdando minha camisa, eu era atacante como ele, e foi onde ele fez uma ótima campanha em 2005, no Campeonato Carioca, que foi quando ele apareceu pro cénario nacional e saiu para realizar os seus sonhos e conquistar o Brasil. Gostaria de estar recebendo o artilheiro da Chape aqui, mas com uma belíssima festa”, lamentou Luciano.
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